Tem cabelos escuros, do jeito que menos me atrai. Ele me toca do mesmo jeito que carrega seus mistérios, com as pontas dos dedos estáticas, parece ter medo de mim. Quero ir até ele e dizer que preciso ir embora, mas temo deixá-lo. Eu o amo porque não posso tê-lo. Um dia, vou partir e terei que dizer adeus, mas talvez os fogos de artifício durem até meia noite. Eu o convido para um jantar, mas não preparo nada. Eu o guio através de expectativas e ele confia na minha vontade. Esta não é uma história, nem um final. São só palavras que se perdem.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Deixo partir
O canto dos meus lábios tremem quando vejo ele passar. Não é tão bonito, nem tão charmoso, mas consegue laçar o Sol e prender entre os dentes. De algum jeito muito inconveniente aquele moço me segura pela cintura e me puxa pelos dedos. Me convida para uma dança, acompanhando uma chuva de explosões. Não é tão gentil quando me aperta contra seu peito, nem tão carinhoso quanto eu esperava, mas ainda assim parece tão agradável. Equilibra-se em um mastro, segura uma taça de vinho levantando os dedos e, quando sorri, consigo ver raios roubados no fundo de sua garganta. Ele me conta histórias.
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