quarta-feira, 27 de abril de 2011

É bonito aqui. Mesmo sem você aqui continua bonito. É o jeito que a natureza se move, a dança da chuva caindo devagar. Sabe essas coisas que não se explicam? Até sua ausência enfeita o lugar. Até o céu fica confuso, metade cinza, metade arco-íris. Mesmo essas essas pessoas sem sentido sorriem. É confortável, mesmo sendo triste. Eu te espero porque sei que você vai chegar. Não marcamos hora nem lugar, mas você sempre acaba chegando. Sei que você sabe até a roupa que eu estou usando, sabe que troquei de cigarros e que to usando os óculos de ontem. Você só sabe. E eu te enxergo quando fecho os olhos, vejo esses feixes de cores misturadas. São as suas cores. É a cor do seu sorriso, do seu cheiro e até do seu olhar. Vermelho, vindo na minha direção. Aprendeu a sentir? Não dói por ser verdade, nem por ser tão duro assim. Só dói porque tem que doer e se não doesse, não seria humano. Nem seria eu, nem você. Nem nós. Mas passa, você sabia?

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Se você pedir eu fico, você sabe. Fico mais dez minutinhos, mais dez dias, fico pra sempre. Só precisa me pedir. Se você falar que é, eu concordo, você sabe. Concordo com o que é errado, com o que não deveríamos fazer. Só precisa falar.

domingo, 24 de abril de 2011

Não dói por ser verdade, nem por ser tão duro assim. Só dói porque tem que doer e se não doesse, não seria humano. Nem seria eu, nem você. Nem nós. Mas passa, você sabia?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Espero que você acredite quando...

Eu nunca escrevi sobre você e não foi por não querer, pois eu quis muito. Sempre rabiscava alguns papéis (que mais tarde acabariam em desenhos bobos de bonequinhos de mãos dadas) mas não conseguia colocar em ordem as palavras que escolhia para te escrever. Quando finalmente cheguei a uma conclusão, não gostei dela. A verdade é que quando se ama tanto assim, palavras não são suficientes para encher uma folha de caderno com todas as verdades que eu quero te falar. Não adianta. Suficiente mesmo seria um beijo demorado, um olhar manso, a mão passando pela sua pele. Isso sim, bastaria.

Guardo meus lápis na gaveta da escrivaninha para tentar encontrar um outro jeito de te dizer o que é impossível falar. Como se diz para alguém "Você me salvou de todos os meus medos"? Será que é possível fazer alguém se arrepiar, suar e fechar os olhos só contando uma história? Ah, queria tanto saber... queria tanto te mostrar que você me tomou de uma maneira que eu não pude evitar. Simplesmente chegou e me levou contigo, nas suas brincadeiras, no seu sorriso bobo e, olha, até trocou o meu "teu" por "seu".

Ainda não consigo encontrar a solução para que, mesmo distante como sou, te mostrar que te quero tanto quanto quando estou ao seu lado, te ouvindo contar seus casos. Preciso confessar que às vezes esqueço de ouvir o que você fala e só fico te olhando. Te acho tão linda. Você é tão simples nas suas qualidades tão imensas. Não são grandes coisas o que me fazem apaixonar por você, mas sim um jeito de andar diferente, um sorriso distraído e, quando dou sorte, uma brisa que vem direto no se cabelo e te deixa reclamando que atrapalhou tudo. E mesmo assim você continua perfeita.

E agora, como te digo tudo isso? Quero te encontrar todos os dias e te amar todos os segundos, com a certeza de que te faço feliz. Vou tentar te mostrar que quero cuidar de você, que não vou embora tão fácil assim, e que, sem querer, me apaixono por você cada vez mais, só pelo simples fato de você existir. Você me diz que fui eu quem te encontrei, mas eu não estava olhando quando tropecei. Deve ter sido o destino. Vai saber.
De onde eu tirei a idéia de que não quero mais viver?

Palmas, palmas, abram espaço para que passe por nós esse frio que aos poucos nos corroerá e nos tornará miseráveis sofredores do amor que acabou e não volta mais. Me disseram que nunca haviam ouvido falar em finais. "De maneira alguma isso existe!", esbravejavam. Pobres sonhadores, iludidos e presos em suas convicções. Todos eles só ouviram falar sobre aquele amor surrado e gasto. Nenhum deles o havia vivido tão intensamente. Não como você, que acabou com toda minha esperança ao gritar em sussurros que o que a fez sorrir, também a matou. "Jamais pretendia ter amado assim, só me restaram as dores espalhadas por toda minha casa", foi assim que você me contou.

De onde eu tirei a idéia de que poderíamos ser felizes para sempre?

Cruel aquilo que chamam de paixão. Nós dá tudo e, ao mesmo tempo, nós deixa sem nada. Nus. Perdidos no caminho de casa. Caminho que conhecemos a anos, mas que nos confunde com tanta bagunça. Existe sim uma decepção para os amantes. "Quando acabou, eu estava cega", eu te ouvi dizer. E então, compreendi. O amor é bom, mas é traiçoeiro. E assim, finalizei minhas dúvidas, só por não querer aprender mais.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Vermelho

Quis tanto te ligar ontem, quis tanto te dizer, lembrar das coisas do passado que, ainda assim, estão tão frescas na minha memória. Você ficou tanto tempo distante, deixou o teu cheiro espalhado na minha casa, deixou tua ausência me lembrando que você não estava ali.

E então você volta. Fala baixo, me faz arrepiar, me deixa sem razão, me faz pensar que talvez seja hora de fazer tudo errado. Me conhece tão bem, me faz rir tão fácil. Parece brincadeira essa tua cara, parece desleixo esse teu jeito de andar, mas é só pra me conquistar.

Não desliga agora, deixa eu sorrir mais um pouco e me sentir confortável no teu sorriso. Guarda meus cigarros na tua bolsa que hoje eu vim sem nada e tô querendo me arriscar em você.

Eu quis não gostar de você, quis fingir que não era nada demais, mas tu insiste em soltar faíscas, fazendo explodir tudo que existe dentro de mim.

E é bonita a explosão.
E me faz te querer.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ex-amor

Te vejo distante, mas você nunca some por muito tempo. Cheia de manias, de casos, confusões, tão confusa, tão indiferente. Te vejo partindo, mas quem guarda os cigarros no tênis? Não complica. Amor ou ex-amor? E existe isso? Te sinto, sinto saudades, sinto você, mas parece tão longe, você anda tão apagada nesses últimos dias. Pintura em preto e branco, sozinha, perdida. Quer amar mas não quer ser um ex-amor. Quer existir, mas não quer morrer depois. Como você é?