terça-feira, 9 de agosto de 2011

Quando eu percebi que te amo

Percebo quando sorrio no meio daquela prova de física de 30 questões abertas só porque pensei em você. Quando bato a cabeça na quina da porta do carro e ainda consigo gargalhar da piada que você me conta. Quando a gente briga, mas insiste em ficar emburrada na mesma cama. Quando acordo de manhã com cara de noite passada, cheiro de cigarro velho, cabelo amassado e você ainda diz que eu sou linda. Admiramos todos os nossos defeitos e ainda conseguimos nos apaixonar. Percebo que é amor quando deito a cabeça no travesseiro e sinto a cama leve demais só pra mim. Nos minutos antes de te encontrar em que cada segundo desse relógio acompanha minha ansiedade e eu fumo uns três cigarros só pra ocupar as mãos. Só pra ter alguma coisa pra me abraçar. No meio do filme que perdi a parte mais importante só para olhar pra você. Nos dois segundos antes de dormir em que eu posso abrir os olhos e te ver tão pequenininha na metade da cama. Cama que mal cabe a gente, mas parece gigante quando você vai embora. E noites acordadas, cobertores jogados ao chão, cheiro de quarto. Madrugadas que passam tão rápido quanto ao final de semana que se estendeu até domingo de noite. Horas que viraram semanas e ainda assim parece tão pouco. O dia não suporta a saudade que eu sinto de você. Perto, longe... qualquer ausência que eu encontre. Te quero escovando os dentes no meu banheiro, trocando pernas e lençóis. Dividindo cigarros que estão acabando, discutindo hipóteses que juramos que são verdades. Brigando por ciúmes bobo, quebrando o orgulho no abraço. Eu quero você daqui a dois segundos, dois anos, dois séculos. Dois "para sempre". Meu e seu. Porque eu percebi que é amor quando, sem querer, olhei para você e me vi aí dentro. E seus olhos se tornaram verdes, seu caráter ficou irritante e, de repente, estávamos em algo que eu gosto de chamar de "sinceridade".

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