segunda-feira, 2 de agosto de 2010

É a unica verdade

Fiz pose, enchi o pulmão de ar e comecei: li aquelas palavras daquele cara, que sem mais, é foda. Li alto, achando que ela ia adorar. Chegou ao fim, fez silêncio, um pouco depois, risadas. Eu não entendia, como ela podia não ter gostado? Senti aquela vergonha, aquele ar quente subindo, tentei defender, era como se tivessem falado mal dos Beatles. Relaxei. Procurei um texto melhor, talvez aquele realmente não fosse bom. Olhei meus autores favoritos, vasculhei minha mente. Nada. Mexi nos papéis velhos, mas então me deparei com algo que eu já havia esquecido a muito. Umas folhas rabiscadas, palavras próprias, palavras antigas. Li, devagar, do jeito que ela gosta. Parei, fez silêncio, um pouco depois, lágrimas. Tão quietas que eu não as ouvia.

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