quinta-feira, 28 de outubro de 2010

São 3 da manhã, fico esperando que você entre pela porta e me diga que sentiu saudades. Me abraçe, vá até a cozinha e tome uma xícara de café morno, quase frio. Você iria me dar um beijo, contar como foi seu dia, reclamar do frio exorbitante, pedir pra eu pegar um cobertor. Eu ia acompanhar tudo, somente com o barulho do meu sorriso e você nem ia perceber.
Enquanto escrevo isso, sei que você não vai chegar agora, sei que a distância é bem maior que antes. Aperto o travesseiro contra meu rosto, canto baixinho aquela música. Eu nunca entendi como posso sentir falta de alguém que eu nunca vi e fico tentando adiantar o tempo, fico imaginando se um dia vai ser mais fácil.

Amanhã o dia vai nascer denovo, não vai ser o sol que vai me salvar. O meu amor por você me mantém viva, sei que ainda existe uma chance de ter minha vida com você, do seu lado. Sei que vou poder te tocar. Enquanto eu penso isso, eu sei que ainda posso respirar, mesmo que o dia vá embora e nasça mais uma vez.

O que nós faríamos nessa cidade pequena, seria o mesmo que faríamos no mundo todo. Eu não preciso de mais nada, se não for você.

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