Foi num desses dias quaisquer que me peguei pensando em você.
Enquanto eu passo e trespasso na minha cabeça os tombos que tomei me apaixonando, percebo como você tem um sorriso bonitinho e como mexe no cabelo descontraída. Desculpa, é que eu perdi a concentração e nem sinto mais os ralados no coração. Você vem às sextas-feiras, me dá um pedacinho de amor e me deixa querendo ter tudo que eu não tenho agora. Me deixa com a cabeça flutuando no travesseiro, pedindo a Deus para que não faça barulho o tanto e amor que eu tenho para te dar. Eu me viro do avesso e você diz que o meu avesso é o lado certo para você.
Deixo que os dias passem calmos, que é para tentar te tirar da cabeça, quem sabe até achar um defeito, ou cismar que você não é a pessoa certa para mim. Deixo que os dias me derrubem, a cada frase em que eu te menciono e conto para os meus amigos que, por mais eu não te queira, por mais que eu não possa te querer, você continua usando o melhor perfume do mundo. Deito na cama, que de repente, sabe-se lá porquê, tornou-se leve demais para mim. Começo a achar que preciso de dividir os lençóis com você. É tarde demais.
Você diz que vai me segurar nas mãos. Eu tentaria te guardar em um cofre, para ter certeza que você não vai embora. Eu queria te colar em mim, te segurar, não te deixar ir até a esquina, com medo de que você vá querer conhecer a próxima esquina. Mas mesmo de longe, te dou umas olhadas. Você pode dar a volta ao mundo que ainda sei que vou te ter. Eu daria a volta ao mundo por você. Eu escreveria um texto brega e postaria no meu blog. Só para você ter certeza que eu não ligo de ralar os joelhos se for para te ter.
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