Você chega me trazendo uns cigarros de presente, me pedindo desculpas pelo o que aconteceu. Tudo bem, amor... passou, viu? Passou, sim. Tinha me esquecido de como você fica bonita no frio. De como seu cabelo combina perfeitamente com o contorno do seu rosto. E até como as beiradas da cama ficam quentes quando você deita comigo. Fica até perigoso que, sem querer, eu te beije. E te peça pra ficar nesse fim de cobertores. E digo que talvez seja bom renovar o amor. Sem medos, sem malícia, sem nada que faça o inverno virar inverno de novo.
E perto de você eu tenho um tantinho a mais de paciência e fé. E acredito nessa história de fogueiras, atritos, choques. De proibidos, amassos, tesão. Acredito no que seus olhos distantes me gritam. E nada faz sentido, mas perder o sentido também pode ser bom. E amar você vai além do que meus instintos de razão me dizem. Vai além dessas estradas que parecem tão eternas. É muito mais do que o arrepio de um toque. Mas é tão fácil quanto se perder. E parece que eu me perdi no seu corpo, nos seus cabelos, na sua pele... me perdi tão facilmente em você.
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