Você já reparou que de uns tempos pra cá você só tem reclamado da vida? Que as pessoas são máquinas, que seu emprego é um ritual, que seu corpo tá uma bosta, que sua família é um porre, que os homens são umas vacas no pasto, que nada tem graça e que tudo é igual? É o dia inteiro assim: "eu sou uma infeliz, uma gorda, eu não sei o que eu quero, eu não conquisto ninguém, ninguém me ama, ninguém me quer. Minha família parece um curto circuito, etc. etc. etc." Credo, que vidinha miserável que você tem, heim?
É, realmente...
As únicas compensações que você tem é que de vez em quando essas máquinas te chamam para sair, bater um papo, ir pra festas conhecer gente nova, te fazem alguns elogios... o seu emprego financia algumas coisinhas como o Estetic Center, aquele jazz mixuruco, estas roupas barangas, viagens para o Rio, excursões, estas besteiras que qualquer um pode ter...
O corpo só serve para dançar nessas Upstairs da vida, fazer apresentações de dança no final do ano, andar pela praia no verão, dar um voltinha de bicicleta na Pampulha. Tem uns olhos que vêem o céu, o mar, as estrelas, as flores, os gatos (só, viu?) Tem dois ouvidos que de vez em quando ouvem um som do Gênesis, AHA, Vangelis (musiquinhas no telefone!) Até umas cantadinhas rolam, que procê num é nada. A boca? Só serve para ganhar refrigerante com bilhetinho, carona ida e volta para a cachoeira. Grandes bosta. Bem, serve também para conversar, cantar, mas isso é o de menos! Quanto a cabeça, além de ser sadia, funcionar bem e comandar tudo, não faz mais nada. Quanto a ninguém te querer... realmente, viu? Agenda de recados com fulano ligou, biltrano falou que você é muito boleira, o Príncipe Encantado já ligou só 3 vezes, ou o outro te chamou para ir para o Rio com ele. É, num ta bom não, né? Família? Só tem um pai, uma mãe, 3 irmãos. O pai só paga o rango, o apto, colégio, sai para passear, adora dar conselhos, paga o aparelho 2 vezes e ri sem achar graça. A mãe anda pra cima e pra baixo vendendo roupas pra comprar roupas pra mim e os 3 irmãos. Que por sinal adoram ser fotografados juntos e abraçados. Essa é boa. Quanto aos homens vacas... você não vive sem eles. A única vantagem que eles tem é o deleite que eles proporcionam, beijos, carinhos, abraços... E, com tão pouca vantagem para tantas desvantagens, porque você não tenta suicídio?
Ester Castro (minha mãe, gente!)
As únicas compensações que você tem é que de vez em quando essas máquinas te chamam para sair, bater um papo, ir pra festas conhecer gente nova, te fazem alguns elogios... o seu emprego financia algumas coisinhas como o Estetic Center, aquele jazz mixuruco, estas roupas barangas, viagens para o Rio, excursões, estas besteiras que qualquer um pode ter...
O corpo só serve para dançar nessas Upstairs da vida, fazer apresentações de dança no final do ano, andar pela praia no verão, dar um voltinha de bicicleta na Pampulha. Tem uns olhos que vêem o céu, o mar, as estrelas, as flores, os gatos (só, viu?) Tem dois ouvidos que de vez em quando ouvem um som do Gênesis, AHA, Vangelis (musiquinhas no telefone!) Até umas cantadinhas rolam, que procê num é nada. A boca? Só serve para ganhar refrigerante com bilhetinho, carona ida e volta para a cachoeira. Grandes bosta. Bem, serve também para conversar, cantar, mas isso é o de menos! Quanto a cabeça, além de ser sadia, funcionar bem e comandar tudo, não faz mais nada. Quanto a ninguém te querer... realmente, viu? Agenda de recados com fulano ligou, biltrano falou que você é muito boleira, o Príncipe Encantado já ligou só 3 vezes, ou o outro te chamou para ir para o Rio com ele. É, num ta bom não, né? Família? Só tem um pai, uma mãe, 3 irmãos. O pai só paga o rango, o apto, colégio, sai para passear, adora dar conselhos, paga o aparelho 2 vezes e ri sem achar graça. A mãe anda pra cima e pra baixo vendendo roupas pra comprar roupas pra mim e os 3 irmãos. Que por sinal adoram ser fotografados juntos e abraçados. Essa é boa. Quanto aos homens vacas... você não vive sem eles. A única vantagem que eles tem é o deleite que eles proporcionam, beijos, carinhos, abraços... E, com tão pouca vantagem para tantas desvantagens, porque você não tenta suicídio?
Ester Castro (minha mãe, gente!)
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